O educador Paulo Freire dizia que é necessário falarmos do que é óbvio, porque, muitas vezes, por ser tão óbvio deixa de ficar claro ou tão claro quanto desejamos.
Nossas pregações “teológicamente perfeitas” e, cada vez mais criativas e sensacionalistas, aos poucos têm nos feito esquecer do “Evangelho Óbvio” que tem no sacrifício na cruz o seu eixo central; que tem através da graça sua justificação; que tem no amor de Deus a esperança do porvir.
De tão óbvio que Deus nos ama, já não pregamos acerca desse amor; de tão óbvio que o inferno é real (e não é aqui), em nossos púlpitos já nem mencionamos essa palavra; de tão óbvio que Jesus virá em breve buscar os Seus, já não é preciso gastarmos tempo com esse tipo de mensagem; de tão óbvio que é necessário arrependimento para receber salvação, este é um assunto já quase abandonado em nossos cultos.