10/07/2011

“ADORAÇÃO” ESPONTANEAMENTE FORÇADA


“Levante as mãos, dance, pule, grite, afinal, você é livre”. Pode me chamar do que quiser, mas estas e muitas outras ORDENS que são dadas durante os cultos sempre me incomodam. Fico pensando; se sou livre por que é que não posso adorar à Deus da maneira que acho melhor? Por que é que não posso expressar o que realmente estou sentindo, talvez alegria para saltar, talvez tristeza para chorar. Por que é que não posso ser realmente ESPONTÂNEO?
Parece que nem mesmo Deus pode ser espontâneo ou ter liberdade para se manifestar como bem entender. A adoração à qual nossos “dirigentes de louvor” se referem nos púlpitos por aí, diz respeito a um frenesi coreografado e regido por eles. A sensação que tenho muitas vezes é que até mesmo o Espírito Santo tem que ficar esperando os comandos desses “seres espirituais” que empunham os microfones. Será que se eu não levantar a mão, Deus não pode se manifestar ou meu louvor não será genuíno? Se não correrem lágrimas dos meus olhos não houve real quebrantamento? Afinal, o meu ritual pode criar a presença do Altíssimo?

Sabe, cansei dos “super-santos” que pensam que somente por muito cantar, pular, chorar, uivar ou repetir o mesmo refrão de uma música qualquer é que Deus vai aceitar a adoração. Pra mim, isso é “auto-flagelo adoracional”, pois não posso conceber a ideia de que depois do véu rasgado (quem tem sabedoria entenda) ainda precisemos de alguém (que não seja o Espírito Santo) para nos conduzir ao Pai. 
Cansei de dedos em riste na face das pessoas falando de frieza espiritual porque não aplaudem nem gritam estericamente. Cansei da pose de sobrenaturais de alguns que pensam que louvar é entrar em transe e repetir “mantras” evangélicos. Cansei dos professores de adoração, cheios de humilde arrogância por se acharem detentores das “chaves” e dos segredos da adoração, como se adorar requeresse algo mais do que um coração simples e sincero diante de Deus. Se adorar significa AMAR EXTREMAMENTE, então penso que não há ninguém mais indicado para a tarefa de nos ensinar do que o Espírito Santo. Com todo o respeito, não precisamos de uma nova unção, um novo mover, um novo modelo, precisamos sim de uma nova atitude na adoração. E essa atitude não está relacionada à quantidade de pulos que damos, ou de lágrimas que derramamos.
Irmãos, não precisamos “IR PRAS CABEÇAS” (expressão que ouvi certa vez) na adoração, precisamos “IR PRO CORAÇÃO” de DEUS. Sem invenções, sem fantasias, sem sensacionalismos. Tem que ser simples sim, e fazer o que é natural, deixe que Deus faça o sobrenatural. Ou você pensa que pode criar algo sobrenatural, ou que Deus não pode tocar corações no silêncio de sua timidez ou introspecção?
Só mais uma coisa; DEIXEM AS PESSOAS SEREM ESPONTÂNEAS NA ADORAÇÃO!!!      

Um comentário:

Cobax disse...

Falou e disse meu brother.. vocês vão fazer muita falta cá entre nós... Deus abençoe vocês aí.. abraços