O papel dos pastores e líderes da igreja em geral deve ser o de facilitador na caminhada das pessoas rumo à comunhão e intimidade com Cristo. Devemos saber que ocupamos o lugar de servos auxiliadores no caminho. No entanto, ao invés de facilitarmos a jornada, muitas vezes nos colocamos no “meio do caminho”, pretendendo atuar como mediadores entre Deus e os homens. Assumimos um papel de portadores da verdade e exclusivos reveladores da vontade de Deus. Nesta posição que nos colocamos, pensamos sempre ter as respostas, o poder, a sabedoria, a visão, a estratégia, etc., vindas de Deus para Sua igreja. Nos tornamos meio que “Abraaões dos tempos modernos”, subindo ao monte na presença de Deus para trazer a revelação ao povo, como se esta revelação somente pudesse vir através de nós.
Nossa tentativa de ajudar as pessoas por vezes produz nelas uma dependência tamanha de homens (para orar, conhecer a vontade de Deus, aprender a palavra, tomar decisões, etc.) que acaba por afastá-las do relacionamento direto puro verdadeiro e dependente de Deus.
O problema é que neste processo “invalidamos” o sacrifício de Jesus na cruz. Sim, pois o grande milagre na cruz foi o de nos proporcionar vida eterna pelo, agora, livre acesso a comunhão com o pai. Ao rasgar o véu, o Senhor disse: “Venham todos os que quiserem, ajudem-se mutuamente, facilitem o caminho, carreguem as cargas uns dos outros para que a jornada não seja pesada. E lembrem-se; Eu sou o caminho, a revelação e a vida; Eu sou o mediador. Me busque e você me achará, me pergunte e encontrará resposta, peça e Eu te darei.
Como ministros do evangelho, fomos chamados para preparar o povo de Deus para a edificação do corpo de Cristo, nos tornando maduros espiritualmente. Este crescimento vem do relacionamento livre, espontâneo e confiante de cada um com o Espírito Santo.
Um comentário:
Maravilhoso.. um pequeno texto cheio de verdades contrastante com o modelo de pastores atuais. Um abraço que Deus continue te edificando.
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